
O júri popular de Itajaí (SC) absolveu quatro homens que admitiram ter matado Antônio Josimar de Sene Campos, acusado de estuprar uma menina de 8 anos, no julgamento realizado na noite de quarta-feira (13). A decisão se baseou na clemência, princípio em que os jurados reconhecem o crime, mas optam por perdoar os réus por motivos morais e emocionais.
O crime ocorreu em setembro de 2024, quando Antônio Josimar, de 32 anos, foi morto a tiros em um lava-rápido da cidade. As imagens de câmeras de segurança registraram a ação e os quatro suspeitos foram presos horas depois na BR-376, em Guaratuba (PR). Segundo as investigações, o acusado teria estuprado a sobrinha de um dos envolvidos, o que motivou os homens a agirem por conta própria devido à sensação de impunidade das autoridades.
Durante o julgamento, Samuel, um dos réus, afirmou que agiu pela dor causada à família e à vítima. Apesar das provas e confissões, os jurados decidiram pela absolvição. Para o advogado de defesa, Jackson Bahls, o resultado demonstra a descrença da população na Justiça e no Ministério Público, destacando que os jurados agiram movidos pela emoção.
Samuel, agora em liberdade, declarou arrependimento pela ação e reconheceu que a vingança trouxe mais sofrimento do que alívio. A absolvição por clemência, prevista no artigo 483 do Código de Processo Penal, é incomum, mas possível em julgamentos do tipo, especialmente quando há grande mobilização social. O caso reacendeu o debate sobre justiça e impunidade, gerando opiniões divergentes em todo o país.
Fonte: Jornal Rio Branco
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